1 de junho é o Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça

O Sobreiro, que tem o estatuto de “Árvore Nacional de Portugal” desde 2011, é homenageado neste dia, na qualidade de espécie autóctone protegida, com grande simbolismo histórico e elevado valor ambiental, social e económico.

 

Espécie bem-adaptada ao clima mediterrânico, o sobreiro pode viver 200 anos e é também conhecido como Quercus suber L, por pertencer à família dos carvalhos, integrando um subgrupo que engloba as espécies europeias e asiáticas – o grupo Cerris. Os sobreiros têm folhas reativas à secura com poros que se fecham e reduzem as perdas de água por transpiração durante o tempo seco.

 

O sobreiro não contribui apenas para a economia nacional, produzindo 46% da produção mundial de cortiça, mas também desempenha um papel crucial na conservação ambiental, contribuindo para a regulação do ciclo da água, para a conservação dos solos e para o combate às alterações climáticas.

 

Nada se desperdiça no sobreiro. O seu fruto, a bolota, é utilizado para a propagação da própria árvore, como alimento de certos animais e no fabrico de óleos culinários. As folhas são usadas como fertilizante natural e como forragem. Lenha e carvão vegetal são materiais que resultam da poda. E os ácidos naturais encontrados na madeira do sobreiro fazem parte da composição de produtos de beleza e de produtos químicos.

 

Largamente representado na paisagem agroflorestal portuguesa, ocupando 720 mil hectares do território continental, o Sobreiro ocupa e cobre 22,3% da floresta nacional (6.º Inventário Florestal Nacional), especialmente no Alentejo e Ribatejo.