Portugal entre os países mais vulneráveis às alterações climáticas
Segundo o relatório Ambiente da Europa 2025, publicado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), Portugal é identificado como um dos países do sul da Europa mais expostos às alterações climáticas. O documento refere que secas prolongadas, incêndios florestais, erosão costeira e cheias repentinas são cada vez mais frequentes, causando perdas económicas significativas. O estudo sublinha ainda que a economia circular e a gestão de resíduos continuam a ser desafios centrais para o país.
Apesar destes riscos, a AEA destaca progressos relevantes em Portugal, como a redução das emissões de gases com efeito de estufa, impulsionada pelo investimento em energias renováveis, combustíveis mais limpos e novas tecnologias. O relatório assinala também a melhoria da qualidade do ar, o aumento da área dedicada à agricultura biológica e os investimentos contínuos nos transportes públicos.
Num panorama mais alargado, a agência considera que, apesar dos avanços europeus na redução da poluição atmosférica, no reforço da reciclagem e no crescimento das energias renováveis, o estado do ambiente no continente permanece negativo. A perda de biodiversidade, a degradação dos ecossistemas e o impacto cada vez mais visível das alterações climáticas são apontados como os maiores riscos para a prosperidade, a segurança e a qualidade de vida.
O relatório alerta ainda para a forte pressão sobre os recursos hídricos, que afeta um terço da população e do território europeu, e recorda que a Europa é o continente que aquece mais rapidamente. Para a AEA, só com uma gestão responsável de solos, água e recursos naturais será possível garantir resiliência em áreas vitais como a segurança alimentar, a proteção contra inundações e o acesso a água potável.
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