UTAD promove uso da tecnologia nas florestas para atrair jovens para este setor.

Simuladores virtuais, drones e maquinaria avançada estão a transformar o setor florestal, ajudando a combater a falta de mão de obra e a atrair jovens para uma área que enfrenta desafios de renovação.

Na Feira Tecnológica Florestal, organizada pela Federação Nacional dos Baldios (Baladi) na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), foram apresentadas várias inovações, como simuladores para aprender a podar ou manobrar máquinas, drones para monitorizar incêndios e equipamentos para trabalhar em terrenos difíceis.

Daniel Amorim, diretor da Baladi, destacou que o objetivo é “mostrar que existem mecanismos que tornam o processo de gerir a floresta muito mais rápido”. Sublinhou ainda que o setor evolui “à mesma rapidez que os computadores e os ‘tablets’” e que a maquinaria moderna “ajuda a fazer o trabalho de forma mais rápida”.

Um simulador para treinar operadores no corte e abate de árvores ou drones que se adaptam a várias tarefas como a monitorização de incêndios, a realização operações de rescaldo ou levantamentos aéreos que facilitam a gestão florestal foram alguns dos produtos em destaque.

Apesar destas inovações, o setor enfrenta dificuldades em atrair jovens. Apenas três alunos ingressaram na licenciatura de Ciências e Tecnologias Florestais da UTAD em 2025/26. O reitor da universidade, Emídio Gomes, sublinhou a importância da floresta para o país, afirmando que “é vida, economia e futuro” e que é necessário “motivar os jovens a estudar um setor que tem falta de pessoas qualificadas”.

O secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, presente no evento, defendeu que a tecnologia é “um motor” para modernizar o setor e atrair novas gerações, alinhando-se com a estratégia nacional “Floresta 2050, Futuro + Verde”.